A Revista Saberes da Faculdade Panamericana de Ji-Paraná (UNIJIPA) publicou um estudo de caso em 2018 sobre a terapia cognitiva comportamental e a interação familiar na relação com o uso de substâncias psicoativas. A publicação apresenta uma técnica chamada de ativação de crença nos pacientes. Segundo o estudo de caso, a Terapia Cognitiva Comportamental (TCC) irá trabalhar na modificação das situações e interpretação do indivíduo em relação às situações e estímulos fazendo com que ele não pense em procurar na droga o seu alívio. Algumas das outras principais técnicas usadas nesse modelo de terapia são segundo o estudo, a identificação de pensamentos automáticos (PA), avaliação e questionamento de pensamentos automáticos (PA), registro diário de pensamentos automáticos disfuncionais (RPD), identificação de crenças, avaliação e modificação de crenças. O objetivo é treinar o paciente para desenvolver novos estilos de vida livre e longe das drogas.
Existe no Brasil um grande número de pessoas com dependência química. Estudo realizado pela Fiocruz em 2019 apresentou dados sobre o consumo de drogas no Brasil. A substância ilícita mais consumida no Brasil é a maconha: 7,7% dos brasileiros de 12 a 65 anos já a usaram ao menos uma vez na vida. Em segundo lugar, fica a cocaína em pó: 3,1% já consumiram a substância. A pesquisa chamada de 3° Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas pela População Brasileira.
Consultado sobre o estudo sobre terapia cognitiva comportamental e o elevado número de pessoas com a dependência química no Brasil, Tiago Casoto, fundador da clínica de recuperação Grupo de Reabilitação afirma que possuir um tratamento terapêutico com profissionais de várias áreas de atuação é fundamental para ter uma elevada taxa de reabilitação das pessoas tratadas com a terapia cognitiva comportamental. Tiago também fala ser fundamental o dependente químico procurar por ajuda de especialistas médicos para tratar o problema do vício.
Terapia cognitiva comportamental (TCC), sessões com psicólogos, acompanhamento médico profissional e integração dos pares de trabalho parecem surtir mais efeitos que modelos antigos de internação. Segundo Neide Zanelatto e Ronaldo Laranjeira, autores do livro O Tratamento da Dependência Química e as Terapias Cognitivas Comportamentais: Um guia para terapeutas diz que “As terapias cognitivo-comportamentais têm sido referenciadas como abordagens eficazes no tratamento de diversos transtornos psiquiátricos – entre eles, os transtornos por uso de substâncias –, e sua aplicação tem se mostrado eficaz para o alcance e para a manutenção da abstinência, seja em usuários de álcool, tabaco ou substâncias ilícitas.”